quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O que é Hidropônica?

A hidropônica é a técnica de cultivar plantas sem solo, onde as raízes recebem uma solução nutritiva balanceada que contém água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta. Na hidroponia as raízes podem estar suspensas em meio liquido (NFT) ou apoiadas em substrato inerte (areia lavada por exemplo).

Ao cultivar com solução nutritiva utilizando um substrato não inerte (húmus por exemplo), admite-se dizer que é um cultivo sem solo, mas não é adequado referir-se como sendo hidroponia. Quando a solução é aplicada ao solo, tem-se a ferti-irrigação. Não é cultivo sem solo, nem hidroponia. Em geral esta solução não é completa, pois tem caráter complementar.

Portanto, na hidroponia a única fonte de nutrientes para as plantas é a solução nutritiva, pois, se houver substrato, este é inerte. No caso de cultivo sem solo, basta que o solo não seja utilizado. Um exemplo, é o cultivo apenas em húmus de minhoca.

A palavra hidroponia vem do grego, dos radicais hydro = água e ponos = trabalho. Apesar de ser uma técnica relativamente antiga, o termo hidroponia só foi utilizado pela primeira vez em 1935 pelo Dr. W. F. Gericke da Universidade da Califórnia.

Gericke adotou o sistema de cultivo sem solo para as condições de campo, de tal forma que se tornou o primeiro passo para viabilizar o cultivo em escala comercial. Quando se diz que "Gericke é o pai da hidroponia" não significa que ele inventou o cultivo sem solo, mas trata-se de uma homenagem aos avanços científicos conquistados por ele e por ter pela primeira vez usado o termo hidroponia.

Princípios de funcionamento

As plantas são colocadas em canais ou recipientes por onde circula uma solução nutritiva, composta de água pura e de nutrientes dissolvidos em quantidades individuais que atendam a necessidade de cada espécie vegetal cultivada. Esses canais ou recipientes podem ou não ter algum meio de sustentação para as plantas, o substrato, como pedras ou areia. A solução nutritiva tem um controle rigoroso para manter suas características,periodicamente é feito um monitoramento de pH e de concentração de nutrientes, assim as plantas crescem sob as melhores condições possíveis.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010




Produtos orgânicos são boa opção para quem quer uma alimentação realmente saudável

O consumo de alimentos sem agrotóxicos está crescendo no Brasil. Segundo pesquisa de 2007 da LatinPainel, os orgânicos já são preferência de 20% dos brasileiros e mais da metade destes (54%) é motivada pela preocupação com a saúde.

É o caso da artista plástica Keila Alaver, que prefere os alimentos orgânicos há cerca de sete anos. Ela afirma que a produção sem o uso de agrotóxicos é o fator preponderante para a sua escolha. "Primeiro, os orgânicos são mais saudáveis, já que não usam nenhum veneno. Além disso, eles também são mais saborosos", afirma.

No entanto, o número de consumidores desse tipo de alimento no Brasil ainda é muito pequeno em relação aos dos Estados Unidos e Europa. Isso se deve, em grande parte, ao desconhecimento que os brasileiros têm do assunto.

Como muitas dúvidas ainda pairam sobre o tema, confira as principais perguntas e respostas sobre produtos orgânicos e conheça essa forma de alimentação mais saudável e também menos agressiva ao meio ambiente.

Qual a diferença entre alimentos orgânicos e convencionais?

Quais malefícios os agrotóxicos podem causar?

Quais os riscos para o consumidor?

Os alimentos orgânicos têm sabor ou aroma diferente?

Eles são mais nutritivos que os convencionais?

Alimentos orgânicos e hidropônicos são a mesma coisa?

Como reconhecer um produto orgânico?

Por que os orgânicos são mais caros?

Os alimentos orgânicos são significativamente melhores para compensar seu preço mais elevado?

Alimentos orgânicos são mais saudáveis?
Qual a diferença entre alimentos orgânicos e convencionais?
A principal diferença é o modo de produção. Os alimentos orgânicos são produzidos sem agrotóxicos, adubos químicos ou sementes transgênicas. Os animais também são criados sem uso de hormônios, anabolizantes ou antibióticos.

No entanto, todo produto orgânico é mais que um produto sem agrotóxicos. A produção orgânica preconiza o equilíbrio sustentável do ambiente e se baseia em processos que não agridem a natureza.

A nutricionista Elaine Azevedo, em seu estudo "Qualidade Alimentar de Produtos Orgânicos e Biodinâmicos", afirma que o modo de produção convencional de alimentos resulta em produtos de baixa qualidade, o que prejudica diretamente o consumidor. "Os produtos alimentícios são desenvolvidas num esquema que beneficia mais os interesses da indústria de alimentos do que a saúde de quem os consome".

Quais malefícios os agrotóxicos podem causar?
O uso indiscriminado de agrotóxicos afeta tanto a saúde humana quanto o meio ambiente. A ação desses venenos sobre a saúde provoca desde náuseas, tonteiras, dores de cabeça ou alergias até lesões renais e hepáticas, cânceres, alterações genéticas, etc. Essa ação pode ser sentida logo após o contato com o produto (os chamados efeitos agudos) ou após semanas ou anos (são os efeitos crônicos).

Quais os riscos para o consumidor?
Segundo dados da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) do ano 2000, 11% dos casos de intoxicação no Brasil foram causados por agrotóxicos. Os agricultores são os mais expostos à contaminação, mas os consumidores também não estão livres de sua toxidade.

Uma pesquisa de 2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostrou que algumas frutas e hortaliças contêm alto índice de contaminação por agrotóxicos, 81,2%. Os principais alimentos afetados, conforme o estudo, são alface, batata, maçã, banana, morango e mamão, sobretudo os dois últimos.

A engenheira agrônoma e secretária executiva da Associação de Agricultura Orgânica (AAO), Aracy Kamiyama, alerta que a única forma de evitar seguramente a contaminação é pelo consumo alimentos que não utilizam veneno em sua produção.

Os alimentos orgânicos têm sabor ou aroma diferente?

Esta é uma questão controversa. Alguns especialistas afirmam que devido à menor concentração de água nos orgânicos (cerca de 20% menos que nos convencionais), certos alimentos, como os vegetais, têm sabor mais adocicado e mais intenso. Mas outros estudiosos dizem que a ausência de agrotóxicos não altera o sabor natural do alimento.

Para Keila, os orgânicos têm sabor diferente sim, em geral mais intenso e melhor que os convencionais.

Eles são mais nutritivos que os convencionais?
Segundo especialistas, os alimentos orgânicos frescos são mais nutrientes porque contêm menor quantidade de água que os convencionais, o que significa que os nutrientes estão mais concentrados. Nos tomates orgânicos, por exemplo, pode ser encontrado 23% mais vitamina A que nos tomates com agrotóxicos.

Alimentos orgânicos e hidropônicos são a mesma coisa?
Não. As hortaliças hidropônicas são produzidas fora do solo, em estufas; por conta disso, elas precisam receber fertilizantes químicos para se desenvolver, ao contrário do que ocorre com os orgânicos.

Por que os orgânicos são mais caros?
O principal fator que torna o preço dos alimentos orgânicos cerca de 30% maior que os convencionais é a produção em baixa escala desses alimentos. Como a produção prima pela sustentabilidade ambiental e não são usados pesticidas ou fertilizantes sintéticos, ela se torna também mais cara.

Alimentos orgânicos são mais saudáveis?
Só o fato de serem produzidos sem a utilização de agroquímicos, já os torna melhores para a saúde humana e ambiental.

Pesquisas sobre o assunto, como a realizada pela Universidade de Newcastle, no Reino Unido, mostram que os orgânicos são mais saudáveis que os convencionais também em outros quesitos. Os resultados preliminares do estudo foram divulgados em novembro de 2007.

Esta pesquisa aponta que frutas e vegetais orgânicos possuem, em relação a seus similares não-orgânicos, até 40% mais antioxidantes - substâncias relacionadas à diminuição dos riscos de câncer e de doenças cardiovasculares.

Os alimentos orgânicos são significativamente melhores para compensar seu preço mais elevado?
Quem deve avaliar o custo-benefício dos orgânicos é o próprio consumidor. As vantagens que eles evidentemente apresentam são: não toxidade, garantia de não serem geneticamente modificados e menor agressão ao meio ambiente.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O que é Alporquia?
Alporquia, também chamado de alporque, é um método de reprodução assexuada de plantas, provocando a formação de raízes adventícias num ramo de uma planta já enraizada.
O Método
Este método consiste em estimular o crescimento de raízes em um ramo ou no caule principal de uma planta envolvendo um pedaço de um ramo por terra ou musgo em um pedaço de plástico ou pano umedecido. Após algum tempo, formam-se as raízes, e o ramo pode ser destacado para ser plantado. Para que o método seja efetivo é necessário interromper o fluxo descendente da seiva, mediante retirada prévia de um anel da casca da planta (anel de Malpighi) ou colocando um anel de arame metálico no local desejado para as futuras raízes (vulgarmente chamado de "forca"). O processo pode ser acelerado com a ajuda de hormônios ou pró-hormônios enraizantes tais como Ácido Indol-butírico (IBA) ou com Cloridrato de Tiamina.
Em Larga escala, o método é de alto custo com baixo rendimento comparado com a estaquia.

quarta-feira, 28 de julho de 2010


Agricultura familiar
Por agricultura familiar, conceito amplamente difundido no Brasil, entende-se como sendo o cultivo da terra realizado por pequenos proprietários rurais, tendo como mão-de-obra essencialmente o núcleo familiar, e está em contraposição à agricultura patronal - que seria aquela que produz em larga escala, com a contratação de empregados, quer fixos, quer temporários.
Importância econômica
No Brasil, a agricultura familiar é responsável pela maior parte da produção de diversos produtos: 84 % da mandioca, 67 % do feijão; 54 % do leite; 49 % do milho, 40 % de aves e ovos e 58 % de suínos. Compõe-se em torno de quatro milhões e meio de unidades produtivas, sendo que a metade deles está na Região Nordeste, o que corresponde a vinte por cento das terras ocupadas na atividade, e a trinta por cento da produção global do país.
Feira nacional
Em outubro de 2009 realiza-se no Rio de Janeiro a VI Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária, na Marina da Glória. O evento teve suas quatro primeira edições em Brasília, sendo esta a segunda no Rio de Janeiro. Seu objetivo é divulgar a importância do setor para a economia brasileira, pois responde por 70% dos alimentos consumidos no pais, e por 10% do PIB.

sábado, 24 de julho de 2010





A agropecuária tem um papel muito importante no Brasil, tanto no passado como no presente. É necessário saber que agropecuária remete a fusão da produção agrícola com a pecuária. Foi importante para o processo de povoamento do território brasileiro, pois na medida em que as propriedades rurais desbravavam o interior do país surgiam vilas e povoados.
A produção agropecuária emprega aproximadamente 10% da população e responde por 8% do PIB brasileiro, vários foram os fatores que determinaram a expansão da agropecuária no país, mas os principais são o grande mercado interno, grande extensões de terras com relevo favorável e o clima.


A produção agropecuária anda lado a lado com a tecnologia, as propriedades rurais são classificadas segundo o nível tecnológico, ou seja, o grau de tecnologia empregado na propriedade rural, que determina se a propriedade e seu sistema de produção é tradicional (prática de agricultura ou pecuária vinculada na produção sem tecnologias) ou moderna (prática de agricultura, em geral, em grandes propriedades monocultoras ou pecuárias vinculadas na produção com tecnologias que caracteriza pela criação intensiva).


A agricultura moderna cresceu a partir da década de 1970, com incremento da monocultura comercial com grande expansão de gêneros agrícolas para a indústria e para exportação. Após esse período foram surgindo novas tendências de produção e comercialização, como as cooperativas agrícolas (associação de pequenos e médios produtores rurais que se agrupam com finalidade de conseguir melhores preços de compra e venda).

Existem no Brasil algumas atividades extrativistas que são divididas em extrativismo vegetal, animal e mineral.


Atividade extrativista vegetal: É o ato de retirar da natureza elementos vegetal a fim de comercializar, ex. açaí, castanha do Pará, pequi etc., embora a principal extração vegetal seja a extração de madeiras.


Atividade extrativista animal: Consiste em retirar elementos da fauna com a finalidade de comercializá-los, ex. caça e pesca.


Atividade extrativista mineral: Consiste em extrair minérios da natureza, principalmente de pedras preciosas.
Atualmente, é nítida a dependência do campo em relação à cidade, apesar de ser o campo o fornecedor de alimentos para os centros urbanos.
A produção industrial exigiu a mecanização da agricultura; mas ela ainda convive com a colheita manual, praticada há séculos.
A atividade agropecuária brasileira passou por grandes mudanças nos últimos anos. Com a utilização e difusão de novas tecnologias, cresceu o numero de estabelecimentos que possuem tratores, empregam fertilizantes e outros insumos agrícolas e adotam praticas de conservação do solo, como a recuperação de terrenos e a irrigação de regiões com baixo índice pluviométrico.
As áreas de alto padrão tecnológico estão principalmente no Sul, no Sudeste e em parte do Centro-Oeste. As regiões menos desenvolvidas no Norte e no Nordeste.
A substituição da mão-de-obra por tratores para as extensas áreas de manufatura aumentou o desemprego no campo e o êxodo rural.
O uso de herbicidas além de trazer graves doenças aos trabalhadores que os manipulam, provou problemas de saúde nos consumidores finais dos produtos.
O solo é também é contaminado pelos produtos químicos usados para recuperar sua fertilidade.
Além da desigualdade no desenvolvimento das diversas regiões brasileiras, há disparidades entre o desempenho das lavouras de potencial exportador e as voltadas para o mercado interno na política econômica do Brasil.